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Crítica: Spy X Family (2022)

  • Foto do escritor: Igor Biagioni Rodrigues
    Igor Biagioni Rodrigues
  • 13 de out. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de abr. de 2024

Formar uma família pode ser a missão mais difícil.

Por Igor Biagioni Rodrigues


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Personagens de Spy X Family- a reprodução da imagem acima não possui fins lucrativos.

Desenvolvido pelos estúdios Wit Studio e CloverWorks, Spy X Family é uma adaptação do mangá homônimo escrito e ilustrado por Tatsuya Endo. O anime conta a história do espião Twilight, que para completar uma missão que levará a paz entre duas nações inimigas, precisa criar uma família falsa. O que ele não sabe é que a criança que ele adotou é uma telepata e a mulher com quem casou, na verdade, é uma assassina profissional.


A animação possui uma boa narrativa, que apesar de simples não é nem um pouco clichê. Os dramas e mistérios dos personagens vão se transformando em uma comédia muito divertida. Aliás, o humor dessa obra é genial. As situações pelas quais os personagens passam se tornam hilárias devido ao comportamento absurdo de cada um e suas características próprias de lidarem com os mais diversos acontecimentos.


Seus personagens são muito marcantes. A assim denominada família Forger possui personagens únicos. Twilight, agora chamado de Loid Forger é um homem metódico, inteligente e extremamente habilidoso no que faz. Yor é uma lutadora e assassina incrível, porém é uma péssima cozinheira e é meio lerda. Anya é uma criança que só quer agradar os “pais” e viver numa família depois de várias tentativas (adoções) que não deram certo, e usa de sua telepatia para isso. A relação dos três pode ser inicialmente falsa, mas com o desenrolar das situações o laço familiar vai se desenvolvendo, por mais que Loid não queira.


A trama faz uma referência a Guerra Fria e trata o tema com muita leveza e humor. Outro aspecto interessante ocorre devido a época em que a história se passa. Não existe uma demarcação correta do tempo exato em que o anime se passa, mas podemos perceber que é durante meados da segunda metade do século XX (eu chutaria que é ali pelos anos de 1950). Aproveitando disso, a obra faz uma boa sátira da sociedade da época e de sues costumes, em que tudo era baseado nas aparências, e que a opinião alheia sobre a vida das mais diversas pessoas tem uma relevância gigantesca no convívio familiar (mas será que as coisas mudaram hoje em dia?).


No quesito técnico a série animada não deixa nada a desejar. A animação é fluída, os traços são muito bonitos, os cenários são belos e marcantes, a fotografia colorida reflete muito o tom da obra e a trilha sonora é exemplar.


Spy X Family se destaca em meio a tantos animês recentes, pois consegue ir além do considerado “mundo otaku”. Os animês recentes vêm se tornando cada vez mais "nichados" e, em sua maioria, genéricos. São lutas clichês e um narrativa que envolve um pouco de terror e criaturas mágicas. Spy X Family foge disso. Possui cenas de ação sim, mas são combates pontuais e engraçados, e o foco aqui não é nem na missão principal de salvar o mundo que é deixada de lado, e sim na construção da relação familiar entre os personagens. Sendo então uma ótima escolha para quem apenas quer assistir algo confortável e se divertir, sendo você otaku ou não.


Para quem só se importa com números:

Nota-8/10.


Ficha técnica:

Título: Spy X Family.

País de origem: Japão.

Direção: Kazuhiro Furuhashi.

Classificação: 12 anos.

Duração: 24 minutos (média de cada episódio).


Elenco:

Takuya Eguchi como Loid Forger/Twilight.

Saori Hayami como Yor Forger.

Atsumi Tanezaki como Anya Forger.

Natsumi Fujiwara como Damian Desmond.

Emiri Katõ como Becky Blackbell.

Hiroyuki Yoshino como Franky Franklin.

Kenshõ Ono como Yuri Briar.

Kazuhiro Yamaji como Henry Henderson.


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